
Canudos
Uma joia histórica e repleta de belezas no sertão baiano!
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Conheça Canudos, uma joia histórica e repleta de belezas no sertão baiano!
A cidade de Canudos emerge a cada ano! Não no sentido literal, como se seus vestígios afundados estivessem emergindo, mas apenas como metáfora da resistência do seu povo, que transcende a tantas injustiças impostas no passado e repercutidas ainda hoje.
A histórica cidade, que é amplamente estudada por todos os brasileiros em idade escolar, é um mártir social, uma referência que permite ao povo brasileiro compreender criticamente esse momento da história do país. Mas também é cercada de linda natureza, com serras, açude e o maravilhoso Raso da Catarina praticamente ao seu lado.
Um pouco da história de Canudos
O final do século XIX foi de grandes turbulências políticas e sociais no Brasil. No sertão nordestino, os desdobramentos dos mais de três séculos de colonização foram a consolidação do latifúndio e do coronelismo, cuja concentração de poder e riquezas se tornaram agentes determinantes na organização política e jurídica dessa região.
Ao povo, que sofria as mazelas da seca, da fome e do autoritarismo dos coronéis, restava o sacrifício. Neste cenário surgiu um homem de nome Antônio Vicente Mendes Maciel (1830 - 1897), que peregrinava pelos sertões pregando a paz, promovendo novenas, casamentos, construindo igrejas, cemitérios, e como o povo ainda diz hoje, prometendo “um rio de leite e uma serra de cuscuz” aos que lhe seguissem.
Assim ele fundou Belo Monte, povoado com organização social justa e distribuição por igual de tudo o que era produzido. Uma boa nova assim diante de tanto sofrimento atraiu muita gente, em busca de qualidade de vida e prosperidade espiritual. Belo Monte chegou a 25 mil habitantes e lá viviam todo tipo de gente sofrida: caboclos, indígenas, brancos empobrecidos e escravizados libertos.
Foi inevitável, Belo Monte chamou a atenção dos coronéis e do governo baiano, insatisfeitos com o progresso do povoado e receando que tal modelo social tomasse proporções ainda maiores. O que certamente lhes infligiria perdas em todos os sentidos, especialmente econômicos e políticos.
Em 1896, o governador da província Luís Viana enviou um destacamento militar de 100 homens liderado por Pires Ferreira para destruir o povoado. Foram aniquilados pelos conselheiristas na região de Uauá e sequer chegaram a Belo Monte. Tal feito fez com que os conselheiristas fossem chamados de “jagunços” e se tornassem inimigos da República.
Um segundo batalhão composto por mais de 500 homens foi enviado em janeiro de 1897, e mais uma vez a tropa foi vencida pelos conselheiristas no caminho, que se apropriaram das armas militares e se reforçaram. Foi então que um terceiro batalhão liderado pelo Coronel do Exército Brasileiro e 1.300 homens se aproximou de Belo Monte, sendo também superado.
O povo de Antônio Conselheiro tornara-se inimigo número 1 de um Governo Federal que queria sua morte, ao invés de protegê-lo. Uma quarta expedição foi organizada, ela era composta por mais de 9 mil homens, pelo Ministro da Guerra, o Marechal Carlos Machado Bitencourt e representava aproximadamente de 50% de toda a força do Exército no país.
Durante 4 meses o povo de Belo Monte resistiu, quando foi enviado um reforço militar composto por 30 batalhões e armas pesadas. Belo Monte foi cercada e suas 5.200 casas foram completamente destruídas em 05 de outubro de 1897. Os poucos sobreviventes, crianças, mulheres e idosos com bandeiras brancas em punho, foram assassinados e degolados.
No mesmo local onde jazia Belo Monte, foi construída a Segunda Canudos, quando o presidente Getúlio Vargas os visitou em 1940, anunciando a construção de uma barragem e do açude Cocorobó. A promessa era levar água para a região, mas o que se viu foi o alagamento dos vestígios de Belo Monte. Tal obra foi uma forma de apagar para sempre sua memória. Ainda hoje, quando as águas do açude baixam, é possível verificar ruínas.
Com o alagamento, a população da Segunda Canudos migrou para o local onde está a cidade atual e nele reconstruíram suas vidas e a Terceira Canudos.
Entenda a infraestrutura de Canudos
O destino turístico é um museu vivo e oferece a oportunidade única do turista visitar o Parque Estadual de Canudos. Ele foi construído em grande área de caatinga e no local se encontram sítios arqueológicos que vem sendo estudados. Eles têm auxiliado os pesquisadores a recontar a história da Guerra de Canudos. A melhor maneira de visitá-lo é por meio de um passeio guiado, para que não se perca nenhum detalhe dessa história.
A cidade também dispõe da sede do Instituto Popular Memorial de Canudos (IPMC), em cuja capela se encontra o antigo cruzeiro que Antônio Conselheiro construiu quando chegou ao Arraial de Belo Monte. O instituto trabalha a narrativa da sua história pelo prisma dos descendentes dos conselheiristas que sobreviveram à guerra, ou seja, pela ótica e perspectiva local.
Outros dois locais de grande apelo histórico são: o Museu Casa de Vó Izabel, que guarda rico acervo literário e de objetos do povoado de Belo Monte; e o Memorial Antônio Conselheiro, que visa a preservação da memória e da história da Guerra de Canudos.
As riquezas naturais da região podem ser visualizadas em visita ao Mirante de Canudos, de onde se observa a Serra do Cocorobó, o Açude do Cocorobó e a própria cidade. O passeio que leva ao Raso da Catarina é imperdível, oportunidade de ver ao vivo a revoada da arara-azul-de-lear e de contemplar a paisagem exótica e endêmica das serras vermelhas, cercadas pela verde vegetação.
Canudos dispõe de poucas, mas ótimas opções de hospedagem, o que é possível afirmar tanto no sentido da localização, como na qualidade dos serviços prestados. O mesmo pode-se dizer sobre gastronomia, pois a cidade possui bons restaurantes de comida sertaneja, mas também com outros tipos de culinária. Ainda é possível usufruir dos barzinhos, que promovem o intercâmbio cultural com a população local.
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Canudos está a 405 quilômetros de Salvador e a melhor maneira para chegar lá é por meio de um transfer, que busca o turista no Aeroporto Internacional de Salvador ou no hotel onde estiver hospedado. A viagem acontece em automóvel novo e climatizado, dura aproximadamente 6 horas e conta com motorista profissional e profundo conhecedor das rodovias baianas.
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