top of page
Doces baianos: 7 sabores que contam a história da Bahia

Postado dia 20/10/25 | 4min. de leitura

Doces baianos: 7 sabores que contam a história da Bahia

0 comentário

0 curtida

32 visualizações

Com uma culinária riquíssima que remonta à época colonial, a Bahia oferece uma gama de comidas típicas deliciosas para quem a visita. Os doces baianos possuem receitas que atravessaram séculos, com influências africanas e portuguesas. Além de saborosos, muitos fazem parte de tradições culturais, festas religiosas e momentos de celebração.

Continue lendo para descobrir alguns dos quitutes mais populares da Bahia e onde prová-los quando visitar o estado!

7 doces típicos que marcam a Bahia

Os doces típicos baianos variam entre receitas coloniais ligadas aos conventos portugueses, sobremesas herdadas de culturas indígenas e outras de origem africana, que foram adaptadas com ingredientes como o coco e o milho. 

Em festas populares e eventos das religiões de matriz africana, esses quitutes são destaques especiais.

1. Mungunzá 

Mungunza da Bahia
Mungunzá - Clássico da culinária baiana

Conhecido como “canjica” em outras regiões do Brasil, o mungunzá é um clássico da culinária baiana. Sua origem é africana, e o nome significa “milho cozido” no idioma quimbundo africano.

Na Bahia, o doce é preparado a partir do milho branco deixado de molho por algumas horas. Em seguida, os grãos são cozidos até ficarem macios e então adicionados a uma mistura de leite, leite condensado e leite de coco. 

É comum adicionar cravos e paus de canela enquanto o doce cozinha no fogo. Para realçar ainda mais o sabor, também é costume salpicar canela em pó, uma vez que a iguaria está pronta.

2. Quindim de Iaiá 

quindim
Quindim de Iaiá

O quindim tem origem na culinária portuguesa, mas foi adaptado na Bahia quando as amêndoas da receita original foram substituídas pelo coco ralado. É uma das sobremesas da Bahia que mais encantam.

Para preparar esse doce, mistura-se o coco com açúcar até formar uma massa úmida e homogênea. Em seguida, se adiciona manteiga derretida e as gemas de ovos, que precisam ser cuidadosamente peneiradas para criar suavidade da textura. 

A mistura é colocada em forminhas caramelizadas e levada ao forno em banho-maria, onde assa até ficar dourada e soltar aroma. Uma vez pronto, o doce é firme por fora e macio por dentro, com sabor de coco e gemas de ovo.

3. Arroz-doce com leite de coco

arroz doce
Arroz Doce com leite de coco

O arroz-doce possui origem asiática, mas foi levado a Portugal e em seguida trazido ao Brasil, sendo adaptado na Bahia com o leite de coco. 

Seu preparo se inicia com o cozimento do arroz mergulhado em água com uma pitada de sal até que os grãos fiquem macios. Depois, mistura-se ao leite, açúcar, cravo e canela de pau, que dão aroma e sabor característicos.

No final, o leite de coco engrossa e o doce se torna cremoso e saboroso, podendo ser servido quente ou frio, acompanhado de uma pitada de canela em pó. É um dos doces da Bahia mais procurados por turistas e reproduzidos em outros estados.

4. Baba de moça 

baba de moça clássico doce da Bahia
Baba de moça

A baba da moça é uma das mais sofisticadas entre os doces típicos baianos. Ela nasceu da união entre a tradição portuguesa de usar gemas em doces com o leite de coco africano

Seu preparo começa ao bater as gemas com açúcar até formar um creme suave, que em seguida é misturado ao leite de coco fresco. A mistura é levada ao fogo baixo e batida até engrossar e atingir o ponto de creme liso e brilhante. 

Pode ser servida em taças, usada como recheio de bolos ou como acompanhamentos de frutas tropicais.

5. Cocada

cocada de coco
Cocada de coco da Bahia

Talvez o doce mais popular e tipicamente baiano, a cocada surgiu no século XVIII, feita por escravizados que misturavam coco ralado com açúcar mascavo.

Hoje, seu preparo varia muito, mas a base consiste em cozinhar o coco com açúcar ou leite condensado até atingir a textura desejada. A massa pode ser cortada, servida cremosa com colheres ou assada em forno.

Existem versões brancas, pretas, com frutas como maracujá, e até mesmo com chocolate. É um doce que representa bem o espírito baiano, além de símbolo cultural e religioso, sendo também servido em rituais de candomblé.

6. Bala de vidro

bala de vidro baiana
Bala de vidro

Também conhecida como bala baiana fora da Bahia, esse doce é famoso pela casquinha crocante e pelo recheio macio. Possui origem em receitas portuguesas que foram adaptadas no Brasil. 

O preparo se inicia com o recheio, feito de leite condensado, coco ralado e manteiga, cozidos até soltar da panela. Depois de esfriar, esse recheio é enrolado em pequenas bolinhas, que são então mergulhadas em calda de açúcar, formando uma casca dura e transparente que brilha como vidro.

A bala é vendida em feiras e festas, e é geralmente embalada individualmente, sendo perfeita para ser levada como lembrança.

7. Queijadinha de Sintra

queijadinha
Queijadinha Baiana

Com origem na doçaria portuguesa, a queijadinha de Sintra chegou à Bahia como parte das receitas típicas. 

O recheio é preparado com queijo fresco triturado, açúcar, gemas, farinha e canela, criando uma massa cremosa e aromática. Essa mistura é despejada sobre uma massa crocante e fina que forra as forminhas e vai ao forno até dourar.


Onde provar os doces baianos

É possível encontrar todos esses quitutes em diferentes lugares, desde tabuleiros de rua até confeitarias sofisticadas. 

Em Salvador, o Pelourinho é o ponto mais icônico para provar cocadas frescas, que costumam ser servidas nos tabuleiros das baianas de acarajé. Outros doces, como balas de vidro e quindins, podem ser encontrados em restaurantes, lanchonetes e sorveterias.

No Mercado Modelo, além do famoso artesanato, há bancas com doces tradicionais embalados para viagens

Confeitarias antigas da cidade também mantêm receitas clássicas de baba de moça, queijadinha e arroz-doce, sempre acompanhados de um bom café.

No interior, o Recôncavo Baiano é conhecido por suas compotas e doces caseiros de frutas, muitas vezes vendidos à beira da estrada. Durante as festas juninas, cidades como Cruz das Almas e Amargosa montam diversas barracas que servem mungunzá, arroz-doce e cocadas. 

Já nas feiras livres do sertão e do litoral, é comum encontrar barracas simples onde famílias produzem e vendem doces caseiros, preservando as tradições antigas.

Os doces baianos são muito mais do que quitutes deliciosos, sendo símbolos de resistência e identidade cultural. Cada receita revela uma parte da história da Bahia, desde as influências africanas até adaptações portuguesas. Se deseja conhecer mais sabores regionais, confira as frutas baianas que você não deve deixar de provar quando visitar o estado.

Escreva um comentário

Deixe seu comentário

Deixe seu comentário

Deixe seu comentário

Deixe seu comentário

bottom of page