Baianidade: 5 aspectos que mostram a alma da Bahia

A baianidade é a alma da Bahia. Um conceito que envolve a maneira de falar, se expressar, se relacionar, cozinhar, dançar, rezar e até mesmo como receber quem chega ao Estado. Ela se faz presente em cada momento do dia a dia, assim como nas grandes celebrações que trazem o que há de mais forte nessa cultura. Tudo isso, aliado às belezas naturais deslumbrantes, torna o turismo na Bahia muito procurado e valorizado.

Neste texto, você vai entender o que é a baianidade a partir de cinco expressões culturais que representam o espírito do povo baiano: a música, a culinária, fé e religião, festas populares e o jeito de ser.

5 manifestações que revelam a baianidade

1. Música 

A música é uma forma de identidade, de memória e de expressão social. A diversidade musical na Bahia reforça suas raízes africanas, especialmente devido às influências locais que transformaram o cenário musical brasileiro. 

Salvador é famosa por ritmos como samba de roda, axé e os blocos afros. Cada um representa histórias de luta, celebração e orgulho de ser quem é. O samba de roda é Patrimônio Imaterial da Humanidade e está presente em diversas comunidades do Recôncavo Baiano. 

O Axé, por sua vez, surgiu da mescla de gêneros como o frevo, o reggae e o ijexá, por volta dos anos 1980 e 1990. O carnaval de Salvador é o maior palco desse ritmo e um grande espetáculo cultural, com trios elétricos, blocos tradicionais e milhões de pessoas aproveitando cada segundo.

Grupos como Olodum, Ilê Aiyê e Timbalada fizeram muito mais do que criar sons únicos, como também fortaleceram o orgulho negro e a autoestima da juventude periférica. Quem visita a Bahia pode assistir aos ensaios de verão, nas festas de largo ou nas apresentações espalhadas pela cidade.

2. Culinária 

A culinária baiana é uma das principais expressões da baianidade. Com sabores fortes e deliciosos, ela representa a mistura das culturas africanas, indígenas e europeias. Cada prato típico traz um pedaço da história consigo, além de encantar a muitos paladares com sua qualidade e complexidade.

O acarajé é, provavelmente, a cara da culinária brasileira, e com motivo: a iguaria é tão deliciosa quanto é bem elaborada. Preparado pelas baianas com massa de feijão-fradinho e frito no azeite de dendê, ele é servido com vatapá, camarão seco, vinagrete e, se o cliente quiser, pimenta. 

Outro prato muito famoso é a moqueca, que pode ser de peixe ou outros frutos do mar, e é preparada com leite de coco, pimentões, tomates e azeite de dendê. Outros pratos típicos muito comuns em restaurantes e casas baianas são o caruru, o abará e o xinxim de galinha.

Quando se trata de sobremesas, o estado também possui opções típicas, como cocadas, quindins e bolos de tapioca. Esses doces são servidos em feiras livres, festas, restaurantes tradicionais e tabuleiros nas calçadas.

3. Fé e religião

A fé baiana se manifesta de diversas formas e possui diferentes representações. Ela está nas igrejas, em oferendas para o mar, no canto do terreiro e até em atos simples como banhos de ervas. Essa diversidade espiritual é um dos pilares da baianidade, revelando o sincretismo religioso que existe em cada canto do estado. 

O catolicismo e as religiões de matriz africana coexistem a séculos e é comum perceber influências de ambos em diversas celebrações. A Festa de Iemanjá, celebrada em 2 de fevereiro em Salvador, é um exemplo forte disso. 

Assim como a Lavagem do Bonfim, que une religiosos, baianas vestidas de branco e turistas para acompanhar a procissão até a Igreja do Bonfim, onde as escadarias são lavadas com água de cheiro.

Os terreiros de Candomblé são espaços espirituais onde se cultuam os orixás, e muitos deles aceitam visitações, desde que estas sejam feitas com autorização e respeito. 

4. Festas populares 

As festas populares da Bahia são conhecidas Brasil afora, e podem ser organizadas nas ruas, praças ou igrejas. Além de muita música, alegria e diversão, diversas delas também incluem a fé e espiritualidade local nesses momentos de descontração.

O São João é uma das festas mais amadas no interior, especialmente em cidades como Senhor do Bonfim, Cruz das Almas e Amargosa. Essa época é cheia de atividades e danças típicas, como quadrilhas, forró e brincadeiras diversas, assim como decoração e vestimentas juninas e comidas típicas.

O Carnaval de Salvador é o maior do mundo, não só em números como também em estrutura. Trios elétricos, blocos tradicionais e milhares de locais e turistas compõem essa festa que dura dias e transforma a cidade em um palco a céu aberto.

Já as festas como a de Santa Bárbara, Nossa Senhora da Conceição, Senhor do Bonfim e Iemanjá são eventos religiosos que viraram atrações turísticas. Elas consistem em cortejos, apresentações culturais, comidas típicas e festas profanas.

5. Jeito de ser

Talvez o que mais simboliza a baianidade seja o jeito de ser do povo baiano, tanto com sua alegria, calor, acolhimento e resistência. Quem visita o Estado sente imediatamente essa energia na hospitalidade, nos sorrisos e na forma leve de lidar com a vida.

O baiano sabe rir de si mesmo, improvisar e transformar as dificuldades em festa. Essa malemolência é uma marca cultural, que é representada pela linguagem, pelo gestual e até pela forma de contar histórias ou vender produtos.

As gírias e expressões baianas são tão diversas que tornam a linguagem regional quase que um dialeto próprio, especialmente em cidades do interior onde o sotaque é mais forte e as expressões ainda mais variadas. O povo da Bahia carrega uma história de luta por liberdade e igualdade desde os tempos da escravidão, o que ainda perpetua em movimentos sociais.

A baianidade está em cada detalhe da Bahia. Nos sabores de cada comida típica, nos ritmos que animam as ruas, nas festas, na fé, tradição, alegria e na forma calorosa de receber quem é de fora. Conhecer a Bahia é vivenciar uma terra cheia de belezas e cultura viva, e conhecer um povo alegre e acolhedor. Conheça nosso estado com a Bahia Terra Turismo e viva a baianidade desde seu primeiro contato!